O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta sexta-feira (19/01), aos participantes da Conferência internacional sobre a revisão da Declaração de Helsinque, organizada pela Associação Médica Mundial, pela Associação Médica Americana e pela Pontifícia Academia para a Vida, na Antiga Sala do Sínodo, no Vaticano.
O encontro, que teve início na última quinta-feira (18/01) e se conclui nesta sexta, tem como tema “A Declaração de Helsinque: Pesquisas em ambientes com poucos recursos”. Segundo o Papa, este tema “é importante e oportuno, pois a própria Declaração enfatiza o tema fundamental da liberdade e do consenso informado em relação à pesquisa clínica. Com base nesse fundamento, vimos ao longo dos anos como ele influiu na prática médica como um todo”.
Segundo o Pontífice, “desde sua versão original, em 1964, e por meio de suas atualizações subsequentes, a Declaração deu uma contribuição essencial para tornar possível a transição da pesquisa nos pacientes para a pesquisa com os pacientes”.
Sabemos como essa mudança foi importante para a prática da medicina ao promover uma nova harmonia na relação médico-paciente. Embora a assimetria existente na relação terapêutica seja muito evidente, o papel central que o doente deve ter ainda não se tornou uma realidade.
“Ele deve ser constantemente salvaguardado e promovido nas novas circunstâncias em que a medicina se encontra, que progridem cada vez mais rápido e que incluem novos recursos tecnológicos e farmacêuticos, interesses econômicos e alianças comerciais e contextos culturais nos quais é mais fácil instrumentalizar os outros para os próprios fins.”
Papa Francisco conclui, ressaltando que “após a experiência da pandemia, vimos como é importante oferecer formas de governança que vão além daquelas disponíveis para cada nação. Nesse sentido, devemos promover uma maneira de pensar a Comunidade internacional que sirva de modo eficaz à família humana, passando para uma perspectiva de amizade social e fraternidade universal”.
Fonte: Vatican News